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Testes do Pix começam nesta terça-feira; saiba como será

Testes do Pix começam nesta terça-feira; saiba como será
Otávio Queiroz

Otávio Queiroz

03/11/2020 2:43am

A partir desta terça-feira (3), alguns clientes selecionados das 762 instituições aprovadas para ofertar o Pix já poderão fazer as primeiras transações no novo sistema de pagamentos. Essa será uma fase de testes restrita que irá durar até o dia 15 de novembro. O Pix entra em plena operação no dia 16 de novembro. 

Todos os clientes serão informados sobre o período de operação restrita do Pix, e também se foi selecionado ou não para realizar as transações, assim como os horários de funcionamento do Pix neste período. As transações na operação restrita serão válidas, ou seja, os recursos serão de fato movimentados entre os usuários. 

Aos usuários selecionados para o período de operação restrita serão habilitadas as funcionalidades no aplicativo, na opção “Pix”. O cliente precisa se certificar da necessidade ou não de atualizar o aplicativo da instituição financeira ou de pagamento. Além da opção “Minhas chaves”, que já está disponível, estarão acessíveis as opções “Pagar com Pix” e “Receber com QR Code.” 

O recebimento de transações Pix, seja por inserção manual de dados, seja pela chave Pix, estará disponível para todos os clientes que possuam conta transacional nas instituições habilitadas. A conta transacional pode ser conta corrente, conta poupança ou conta de pagamento pré-paga. 

Segundo Carlos Eduardo Brandt, chefe adjunto no Departamento de Competição e Estrutura do Mercado Financeiro, do Banco Central (BC), nesse primeiro período as instituições poderão executar todas as funcionalidades do Pix de forma gradual, com número reduzido de usuários, para que os clientes comecem a se familiarizar com a novidade.

O que é Pix?

Pix é um sistema de pagamentos criado pelo Banco Central e que começa a funcionar em novembro de 2020, com a proposta de facilitar transferências, pagamento de contas e até recolhimento de impostos e taxas de serviços.

Esses pagamentos serão efetivados em até dez segundos, a qualquer dia e horário do semana (mesmo às 21h de um domingo, por exemplo). Diferente dos meios tradicionais como TED, DOC e boleto, quais têm restrições de valor, custo e em alguns casos, demoram vários dias para serem efetivados.

Para pessoas físicas, o Pix será gratuito — seja para transferir para outra pessoa, receber, pagar um café na padaria ou um imposto, no caso de instituições governamentais.

O Pix tem sete características principais:

1. Disponibilidade: possibilidade de fazer pagamentos a qualquer horário e dia do ano;

2. Velocidade: a transferência ocorre em até dez segundos;

3. Conveniência: a experiência de uso deve ser intuitiva para o usuário;

4. Segurança: as transações serão baseadas na Rede do Sistema Financeiro Nacional (RSFN) e terão como base tecnologias de proteção atuais;

5. Ambiente aberto: o Pix estará disponível não só para bancos como também para financeiras, fintechs e afins;

6. Multiplicidade de casos de uso: o Pix permitirá transferências de qualquer valor entre pessoas ou empresas, pagamentos em estabelecimentos físicos ou virtuais e recolhimentos ao governo federal (impostos);

7. Fluxo de dados com informações agregadas: informações importantes sobre a conciliação poderão trafegar com a ordem de pagamento.

O Pix poderá ser usado para pagamentos em estabelecimentos físicos, em lojas online ou para transferências entre pessoas, empresas ou instituições do governo. Para quem recebe, será preciso informar uma das chaves cadastradas ou mostrar um QR Code; já quem paga, basta acessar o aplicativo do banco para fazer o pagamento.

Para fins de comparação, é semelhante ao processo de enviar um e-mail. Só é preciso saber um endereço da pessoa, como as chaves.