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O mercado de combustíveis está passando por uma grande transição neste ano devido à venda das refinarias da Petrobras. De acordo com o diretor executivo da distribuidora de combustível Larco, Alberto Costa Neto, esse movimento traz a chegada de novos players em busca de seu market share, cria precificações diferentes, proporciona maior competitividade e gera forte concorrência, já que a estatal vai continuar a negociar combustível. “Estamos otimistas com as mudanças, este novo cenário proporcionará muitas oportunidades e desafios para a empresa, especialmente na compra de produtos", explica Costa Neto.
Conforme o diretor de operações da Larco, Márcio Sales, o principal desafio para a empresa estará relacionado ao suprimento, essencial para o crescimento continuado da distribuidora, que é estimado em 25% a 30% ao ano. Outro ponto de atenção é a consolidação de fornecedores e modelos de abastecimento logístico para otimizar resultados. “Nosso objetivo é fazer boas negociações, boas compras e manter todo o suprimento, proporcionando a estrutura para esse crescimento da Larco”, relata. Quem também ganha com as transformações do segmento do petróleo e gás é o consumidor final, não só em relação ao preço dos combustíveis, como também no menor impacto dos valores do produto na inflação, pois o setor não estará mais concentrado nas mãos de uma única empresa.
Com a entrada das companhias privadas, o mercado ganha com melhoria no atendimento e na produtividade, já que elas têm como objetivo a busca pela otimização de recursos e potencialização da produção. Surge, assim, um novo modelo de negócio para o setor. Os serviços de importações também sofrerão impactos: como as refinarias terão novos parceiros, não poderão realizar vendas subsidiadas e passarão a oferecer melhorias no resultado e na precificação. Dessa forma, o processo de importação terá a possibilidade de equiparação de preço no mercado local, abrindo a perspectiva de importar, além de contar com uma previsibilidade de valores.
O diretor de operações da instituição acredita que todas essas mudanças são fundamentais para o progresso da distribuidora. “A partir do momento em que você tem várias empresas produzindo, fornecendo, isso traz a probabilidade de um ambiente mais competitivo e regulado”, explica. Com a venda das refinarias, o empreendimento terá melhores condições de negociações e a construção de uma relação contratual com os novos proprietários. “Com a nova precificação na importação, o processo será facilitado na área, um setor onde a Larco já está estruturada para atuar. Há, ainda, oportunidade no mercado de formulação de combustível, principalmente a gasolina, uma tendência à qual a Larco está atenta”, afirma Sales.
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