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Felicidade Interna Bruta (FIB): saiba como aplicar na sua empresa!

Felicidade Interna Bruta (FIB): saiba como aplicar na sua empresa!
Da Redação

Da Redação

20/08/2021 1:30pm

Trabalhar em um ambiente favorável e fazendo o que se gosta é indispensável para aumentar a qualidade de vida. Afinal de contas, passa-se boa parte do tempo no ambiente profissional. Por entender que o bem-estar do colaborador é inerente ao seu bom desempenho, empresas estão investindo cada vez mais na felicidade de seus funcionários.

Esse movimento foi iniciado pela Felicidade Interna Bruta (FIB), que é um conceito desenvolvido para países, mas que funciona muito bem, também, em empresas. Neste post você saberá o que é a FIB, sua origem e como ela está sendo usada no mundo corporativo para melhorar resultados e, consequentemente, aumentar a lucratividade. Boa leitura!

O que é e onde surgiu o conceito de Felicidade Interna Bruta?

Felicidade Interna Bruta (FIB), é um conjunto de indicadores alternativo ao Produto Interno Bruto (PIB), criado na Ásia, mais exatamente no Reino do Butão, no Himalaia, no ano de 1972, por seu então rei, Jigme Singye Wangchuck. O fator foi criado após o rei receber constantes críticas à economia do país, já que, aos olhos dos demais, era pequena e fechada. O FIB busca medir a felicidade e o bem-estar da população do local.

A ideia é que a economia do Butão fosse construída não apenas por produtividade e consumo como base, mas que levasse em consideração também os valores espirituais do budismo, além de fatores culturais e psicológicos. Para medir o FIB, utilizam-se nove elementos básicos, chamados de dimensões. São eles:

  • bem-estar psicológico;
  • saúde;
  • uso do tempo;
  • vitalidade comunitária;
  • educação;
  • cultura;
  • meio ambiente;
  • governança;
  • padrão de vida.

Como empresas de todo o mundo estão utilizando o conjunto de indicadores?

Boa parte do ocidente julgou a proposta como absurda, já que sua implementação ainda enfrenta dificuldades. Apesar de ter sido anunciado em 1972, apenas dez anos depois o FIB começou a ser conhecido e comentado pelo mundo, devido a uma equipe de cientistas e pensadores que se reúnem com representantes de outros países para apresentar as ideias do modelo.

Com a notoriedade que vem ganhando, o modelo FIB chegou ao meio empresarial. É sabido que há um movimento de algumas empresas para estimular a felicidade no ambiente de trabalho. Isso porque, muitas vezes, o ofício pode desencadear estresse, estafa, cansaço mental e esgotamento físico.

Os empresários têm a consciência de que funcionários que não estão emocionalmente equilibrados e que não trabalham com satisfação produzem menos e não são tão criativos quando comparados aos demais. A adoção do FIB nas empresas tenta levar ao ambiente profissional mais equilíbrio e felicidade.

A demanda atende a um pedido dos próprios colaboradores, como exemplificado por uma pesquisa do instituto Gallup. Em questionamento a dois milhões de trabalhadores nos Estados Unidos, em mais de 700 empresas, a pesquisa mostrou que, para os funcionários, o suporte do chefe é mais importante do que a renda. Além disso, para os entrevistados, ter um amigo no trabalho pode evitar que ele deixe a empresa.

Como aplicar o FIB em uma empresa?

Utilizar o FIB em uma empresa não implica abrir mão da lucratividade, pelo contrário. Investir no bem-estar geral dos colaboradores além de ser considerado um fator humano, ainda pode impactar diretamente nos resultados alcançados. Trabalhadores satisfeitos, que se sentem valorizados e parte da empresa, são mais motivados, criativos e produtivos. Investir no FIB é investir na qualidade do seu produto final.

Para saber como está o ambiente profissional do seu negócio, o ideal é realizar uma pesquisa que aplicará o conjunto de indicadores FIB. As dimensões, anteriormente citadas, que são a base do método, sofrem algumas adaptações, conforme abaixo.

  • Padrão de vida — os salários oferecidos são abaixo ou acima da média do mercado?
  • Meio ambiente — o ambiente de trabalho é saudável? É escuro, apertado ou mal ventilado?
  • Saúde — os funcionários ficam doentes com frequência? A empresa oferece algum tipo de atividade física?
  • Bem-estar psicológico — o quanto seus funcionários estão estressados?
  • Uso do tempo — os funcionários gostam do trabalho? Há como adaptar a função para que isso ocorra?
  • Governança — as pessoas se sentem parte da empresa? Elas compreendem que as decisões tomadas são para benefício geral?
  • Vitalidade comunitária — os colaboradores interagem e se respeitam?

O setor de RH da empresa é um elo entre trabalhadores e gestores

É claro que os gestores se preocupam com os lucros, mas, sem os funcionários, não há como chegar no fator tão esperado. Saber o que os colaboradores pensam sobre a empresa é importante para saber quão satisfeitos eles estão em trabalhar naquele ambiente.

Aplicar o FIB pode ajudar a descobrir a causa de uma possível rotatividade em uma função e as motivações de comportamentos fora do padrão. Essas são questões que impactam diretamente na imagem interna e externa do negócio, podendo também interferir nos lucros.

O setor de Recursos Humanos da empresa pode ajudar a entender como o colaborador age e pensa. Com a aplicação das pesquisas e se apresentando como o elo entre classe trabalhadora e gestores, o RH pode afinar a relação entre os setores e modificar a visão entre cargos hierárquicos. Além disso, os profissionais da área, ao terem em mãos os resultados das pesquisas, podem sugerir quais melhorias aplicar no ambiente de trabalho para que os funcionários fiquem mais satisfeitos.

Neste post você pôde descobrir o que é o conceito de Felicidade Interna Bruta e como ele tem sido discutido no ambiente empresarial. Compreendeu ainda que adotar esse conjunto de indicadores pode ajudar a tornar o ambiente de uma empresa mais feliz e equilibrado, fazendo com que os funcionários se tornem mais engajados e satisfeitos com suas funções. O resultado desse esforço é a melhora da qualidade e o aumento da produção.

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