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Ticket médio é 74% maior que no ano passado e o maior desde 2001. Foram ouvidas 3,1 mil pessoas.
Crise? Pesquisa feita pela empresa NielsenIQ, e divulgada neste sábado (28), mostra que, em 2022, os brasileiros pretendem gastar 74% a mais no presente do dia dos namorados do que gastaram ano passado. A previsão média deste ano é de R$ 481 e, em 2021 o ticket médio ficou em R$ 276.
O valor das intenções é o maior já registrado desde o início da série história do estudo, em 2001. Antes da pandemia, o valor dos gastos era de cerca de R$ 400. Foram ouvidas 3,1 mil pessoas.
“Mesmo com a taxa de desemprego ainda se mantendo em níveis elevados, a intenção de compra dos presentes teve um aumento, com uma significativa alta no ticket médio no país”, analisa o head da NielsenIQ, Marcelo Osanai.
A pesquisa destaca que os homens representam a maior parcela dos brasileiros que vão comprar presentes na data comemorativa.
Seis em cada dez pessoas que vão às compras para o período são do sexo masculino, sendo a maior parcela entre 35 e 49 anos, aponta o estudo. Logo após aparecem os homens entre 25 e 34 anos.
“Aqueles quem ganham entre R$ 4 mil e R$ 11 mil estão mais dispostos a comprar presentes para o parceiro, representando 31,5% do número total de pessoas. Em seguida, aparecem as pessoas que recebem entre R$ 2,2 mil e R$ 4,4 mil”, mostra o levantamento.
Os vestuários e produtos de estética serão os presentes mais frequentes neste Dia dos Namorados, aponta a pesquisa. As bebidas alcoólicas também aparecem em destaque, setor que registra uma alta acentuada desde o início da pandemia de Covid-19.
No entanto, o maior ticket médio não necessariamente quer dizer que “o presente seja muito melhor” neste ano, em comparação com os anos anteriores, segundo Marcelo Osanai.
De acordo com ele, a alta inflação e o encarecimento dos produtos em geral também determinaram a alta no custo dos presentes em 2022.
“O maior valor agregado dos produtos, neste ano, está totalmente atrelado ao aumento inflacionário no Brasil”, afirmou.
“Claro que podemos apontar a retomada da economia brasileira e a confiança das pessoas em comprar presentes mais caros, mas a pressão inflacionária tem parcela muito grande nisso. O poder de compra fica menor. Na prática, o que você comprava há um ano, você não consegue comprar atualmente”, finalizou Osanai.
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