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A manutenção da saúde dos pets passa sem dúvida por manter as vacinas dos bichinhos em dia. Afinal de contas, elas são importantes aliadas na defesa contra diversas doenças que podem afetar cães e gatos e, além de causar morte ou afetar drasticamente a qualidade de vida deles, acarretar muitos custos e despesas às vezes difíceis de arcar para os tutores.
O médico veterinário responsável pela clínica veterinária da AGES, Lauman Gonçalves de Carvalho, aponta que as vacinas de cães e gatos podem ter seus protocolos variantes de acordo com a conduta do profissional que acompanha o animal, mas geralmente é adotado o esquema vacinal para filhotes a partir dos 45 dias de vida (cães e gatos).
“No caso dos gatos incluímos duas doses da quíntupla felina, com intervalo de 21 dias, e uma dose da antirrábica, 21 dias após a última dose da quíntupla. A vacina quíntupla previne algumas doenças virais dentre as quais destaco a leucemia felina. No caso dos cães destaco o uso ( para os filhotes) da vacinação à base de três doses da vacina V10, com intervalo de 21 dias entre elas, e uma dose da vacina antirrábica, 21 dias após a última dose da V10, que previne uma gama de doenças virais como cinomose, parvovirose e leptospirose, com alta taxa de incidência em filhotes e muitos casos de óbito. A antirrábica previne o vírus da raiva”, explica.
A vacinação iniciada quando o animal é filhote deve ter continuidade ao longo da vida dele. Em cães e gatos adultos, essas vacinas devem ser refeitas anualmente com apenas uma dose. Quíntupla e antirrábica nos gatos e V10 com antirrábica nos cães.
Lauman elucida que existem outras vacinas que podem ser necessárias em alguns casos e especialmente em cidades consideradas zonas endêmicas para determinadas doenças.
“A exemplo da introdução da vacina contra o vírus da leishmaniose (popularmente conhecida como calazar), outras vacinas que podem ser adotadas são a vacina contra gripe dos canis e a que previne a giárdia. Ressalvo que pelo fato de os protocolos variarem de profissional para profissional, assim como em zonas endêmicas para determinadas doenças, é importante consultar o veterinário para avaliar de forma particular o caso de cada pet”, pontua.
O médico veterinário salienta que, assim como nós humanos procuramos sempre nos prevenir contra as mais diversas doenças através das vacinas, os animais também têm o direito de estarem protegidos, e aos tutores cabe o dever de proporcionar isso a eles. Ainda é importante ressaltar que a vacinação dos animais protege todas as pessoas que têm contato com eles, tendo em vista que algumas zoonoses (doenças que podem ser transmitidas dos animais para os humanos) podem ser prevenidas por meio de vacinas.
“Assim como afirma um velho ditado popular (é melhor prevenir do que remediar) essa frase traduz de forma plena a importância das vacinas. Tal mecanismo atua na configuração das células de defesa do organismo dos animais, e isso faz com que uma vez exposto ao patógeno o animal já tenha em seu organismo células de defesa aptas a atuar no combate à doença. Sem vacinas, os animais estão totalmente vulneráveis e descobertos de qualquer defesa, e irão precisar contar com ajuda de fármacos e suportes extras para desenvolver seu sistema imune para tentar combater a doença e suas possíveis complicações”, adverte Lauman.
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