Tivoli Ecoresort Praia do Forte celebra 39 anos com shows da Timbalada e Banda Eva
O Tivoli Ecoresort Praia do Forte, situado no litoral baiano, comemora seu 39º aniversário com um fim de semana especial repleto de atrações musicais, incluindo...
Como uma das atividades mais impactadas com a pandemia da Covid-19, o turismo baiano está retomando o ritmo e preparado para a alta estação em todos os recantos do estado que atraem visitantes nesta época do ano, com o desafio de movimentar uma importante fonte de renda e geração de empregos.
Com abundância de praias, cachoeiras e trilhas espalhadas na costa litorânea e lugares como a Chapada Diamantina, a Bahia é rica em atrativos ao ar livre, que são permitidos, desde que observados os critérios sanitários para evitar a disseminação do novo coronavírus.
Neste contexto a ocupação hoteleira de Salvador vem registrando crescimento de 29,85%, 40,06% e 48,47%, respectivamente em setembro, outubro e novembro, sempre em relação ao mês anterior e considerando que os locais abertos representam no momento cerca de 70% da estrutura total.
Os números são da Pesquisa Conjuntural de Desempenho da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis da Bahia (ABIH-BA), que tem a estimativa de fechar 2020 com taxa de ocupação de 37,20% e diária média de R$ 251,32 na capital.
A expectativa é de crescimento, embora ainda seja inferior à de 2019, quando a ocupação foi de 62,49% com diária média de R$ 290,78. Já naquele período o setor se ressentia dos reflexos do acidente com o óleo nas praias e fechamento de companhia aérea, lembrou o presidente da entidade, Luciano Lopes.
Ele destacou que muitos estabelecimentos fechados desde o início da pandemia reabriram no mês passado para o verão e pontuou que o fato de os números permanecerem crescentes, “mesmo com essas novas aberturas, é um bom sinal”.
Lopes sinalizou que a retomada do setor tem ênfase nos finais de semana, especialmente em lugares focados no lazer, com presença maior de hóspedes da RMS e outros lugares do estado, que chegam por via terrestre.
Segundo o presidente da Abih-BA, o desempenho atual reflete o trabalho iniciado entre março e abril, “quando elaboramos um protocolo de segurança sanitária com mudanças radicais e compartilhamos entre associados e não associados, que inclusive serviu de modelo para muitos municípios”.
Lopes pontuou que, depois deste ponto de partida, “fechamos parcerias com empresas de crédito e com os governos para redução de impostos e taxas, o que possibilitou que muitos estabelecimentos estejam abertos agora”.
Para ele, todo o trabalho mostra resultados com a confiança demonstrada pelos visitantes que buscam por locais avalizados pelas vigilâncias sanitárias do estado e municípios. Com foco no momento no mercado regional e nacional, a entidade comemora a retomada de voos com maior capacidade de passageiros dentro do país e o retorno paulatino de voos internacionais.
Bares e restaurantes
“Todo discurso de realidade é otimista, não derrotista”, resumiu o presidente-executivo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes na Bahia (Abrasel-BA), Luiz Henrique do Amaral, salientando que “a busca é para estabilizar as empresas e tornar as operações positivas”.
Para ele, é fundamental que os espaços que oferecem áreas ao ar livre sejam bem aproveitados, considerando que os usuários buscam lugares mais propícios para frequentar neste período, em que ainda existem muitas restrições em relação à distância exigida entre mesas e a preferência é por locais bem arejados.
O setor fechou três em cada 10 estabelecimentos durante a pandemia e prevê um faturamento em dezembro deste ano de 70% sobre o movimento de dezembro de 2019, segundo Amaral, reclamando que a pressão dos custos dos insumos é um desafio para os administradores de bares e restaurantes.
Ele acrescentou que outro agravante foi a proibição de eventos neste período para evitar as aglomerações, considerando que de novembro até a primeira semana de janeiro tradicionalmente ocorrem confraternizações que são importantes para a economia do setor.
“De maneira geral o movimento do verão favorece um saldo positivo nos caixas dos bares e restaurantes, com reflexo nos empreendimentos nos demais meses do ano”, disse, pontuando a importância da estação para a saúde das empresas do setor “em boa parte dos 130 municípios que fazem parte do mapa do turismo da Bahia”.
No entanto, ressaltou que a associação se fortalece diante dos problemas e “os encara para encontrar as soluções”. Luiz Amaral destacou que já é praxe da Abrasel manter um programa de aprimoramento para todos departamentos da atividade e que durante a pandemia foram ofertados cursos de qualificação a distância em parceria com instituições como Sebrae e Senac.
Campanhas do setor
A Associação Brasileira das Agências de Viagem da Bahia (Abav-BA) registrou uma queda no faturamento no estado de 90% este ano sobre o ano de 2019. Com 80% dos trabalhos no sistema home office, o setor somou demissão de 50% dos funcionários, bem como suspensão de contratos e redução da jornada e salários.
De acordo com a presidente da Abav-BA, Ângela Carvalho, a crise motivou desde o início da pandemia a campanha ADIA! para que as viagens já agendadas fossem adiadas, evitando as perdas e reembolsos.
Ao minimizar as perdas, o setor assegurava as atividades em um momento posterior. Ela citou ainda o trabalho em parceria com outras entidades, “junto ao Ministério do Turismo, da Economia e da Justiça para garantir a sobrevivência das empresas sem prejuízo para o consumidor”.
Para Ângela Carvalho, entre os resultados deste esforço estão as medidas provisórias 925 e 948, que viraram leis 14.034/2020 e 14.046/2020. “Elas protegem as companhias aéreas, agências de viagens, operadoras de turismo e empresas de eventos”, salientou.
Outra campanha, a Movimento Recupera Turismo Brasil também tem abrangência nacional e visa mobilizar a população para a seriedade do setor com as normas de segurança sanitária, destacando as opções de lazer ao ar livre, bem como o engajamento de todos os setores na tarefa de barrar o avanço da doença.
Também a atuação das agências de viagens durante a pandemia, “ajudando na repatriação de brasileiros que se encontravam fora do país, na remarcação de voos e alteração de datas de viagens” foi citada por Ângela Carvalho, como uma atividade que fortaleceu o papel dos agentes de viagens neste período.
“Quem tinha viagem comprada em uma agência de viagens teve assessoria para encontrar soluções, ao contrário dos que compraram pela internet, que tiveram dificuldades de contato e não contaram com assessoria neste momento”, asseverou.
Ao apontar uma retomada gradual, ela disse que as agências que trabalham com turismo receptivo “já estão recuperando aos poucos o movimento, porque têm chegado turistas à cidade, principalmente vindos do sul do país. Os turistas estrangeiros ainda não estão aparecendo nem fazendo reservas para o próximo trimestre de 2021”, pontuou.
Ela ressaltou que as agências que trabalham com o emissivo sentem que as viagens nacionais estão sendo lentamente retomadas. “Salvador neste verão está com voos diretos para 31 cidades. O turismo doméstico tem começado a melhorar”, concluiu.
Verão atípico
Para o secretário estadual de Turismo, Fausto Franco, o verão em curso é diferente de todos os anteriores, porque “vivemos um ano atípico, em que a cada dia estamos frente a novos desafios, aprendendo sempre mais e buscando soluções constantemente para os problemas impostos pela pandemia”.
Segundo Franco, o retorno à normalidade depende de vacina para imunizar toda a população e do grau dos cuidados de todos para não disseminar e não se expor ao vírus. “As pessoas devem ter consciência de que não devem se arriscar. Melhor viver um verão mais tranquilo, para não retrocedermos no processo”, acrescentou.
“A Bahia é privilegiada por ter essa diversidade de opções”, disse, salientando que o estado está preparado para receber os visitantes com segurança e lembrou que para adequar a atividade ao momento houve uma mudança na oferta de opções, “sem a realização de festas e grandes eventos, mais focado em locais que permitem o distanciamento recomendado”.
Ele enfatizou que durante os primeiros meses da pandemia a Setur não apenas atuou na organização dos protocolos e apoios necessários ao setor, como também na divulgação dos atrativos por meio das redes sociais, para manter os destinos vivos na lembrança das pessoas.
Meu destino é a Bahia foi uma destas iniciativas, com repercussão nos municípios de todas as regiões organizadas para recepção dos turistas. A Setur também incorporou o trabalho das 13 zonas turísticas do estado ao Movimento Supera Turismo.
De acordo com Fausto Franco, “nós temos uma grande vantagem, pois somos a capital com maior número de voos, representando cerca de 70% da capacidade que tínhamos antes da pandemia. Ainda não é o ideal, mas é um recomeço”, concluiu.
As informações foram divulgadas pelo Jornal A TARDE.
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